Capim Citronela, entenda mais sobre esta planta

Capim Citronela, entenda mais sobre esta planta

O capim citronela possui hábito de crescimento ereto, atingindo cerca de 1m de altura. Suas folhas são longas, verdes, simples, lineares e alternas. Quando amassadas entre os dedos, podem ser facilmente reconhecidas, por liberarem forte cheiro que lembra o odor de eucalipto limão.

Como Plantar

O cultivo de mudas ou perfilho do capim citronela e considerado fácil. Para cultivá-las, deposite-as em covas rasas, com 10 cm de profundidade por 10 cm de largura, adubadas com 1 kg de esterco bovino curtido e com espaçamento de 30 cm entre as mudas e de 40 cm entre as linhas.

As mudas poderão ficar expostas diretamente ao sol, devendo ser irrigadas uma vez por semana.

A colheita das folhas deve ser iniciada cerca de 3 meses após o plantio, cortando-as cerca de 15 cm acima do solo, no período da manhã, entre 9 e 11 horas, sempre em intervalos de 40 a 50 dias.

Estudo realizado com o objetivo de analisar o efeito da adubação mineral com fertilizantes NPK na produção da biomassa, no teor e na composição do óleo essencial do capim citronela, concluiu que o aumento da dose de adubo mineral favorece o crescimento da planta e a sua produtividade, bem como o teor e a composição do seu óleo essencial.

Nao se esqueça que cultivará uma planta para benefício a sua saúde, portanto, cultive-a longe de esgoto, fossa, deposito de lixo e estacionamento de veículos, bem como não a pulverize com agrotóxicos.

Para que serve o Capim Citronela

O principal uso tradicional reconhecido do capim citronela e como repelente de insetos, tendo ação larvicida para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. É usado tanto em preparações para ambientes como para uso tópico.

Como preparar o extrato do capim citronela

  1. Colher folhas frescas de capim citronela com aspecto saudável, sem sinais amarelados ou de ferrugem, no período da manhã, preferencialmente entre as 9 e 11 horas.
  2. Cortar em pedaços pequenos, com cerca de 2 cm, com o auxílio de uma tesoura.
  3. Depositar o máximo de folhas possível em um recipiente de vidro, de boca larga e tampa plástica, preferencialmente escuro. Caso o vidro seja transparente, deve-se envolvê-lo com folha de alumínio ou de papel pardo.
  4. Juntar etanol na graduação alcoólica de 70%INPM ou superior, em quantidade suficiente para cobrir completamente todas as folhas.
  5. Manter em maceração por 7 dias consecutivos, em ambiente protegido da luz e da umidade, sem abrir o recipiente, agitando-o diariamente.
  6. Filtrar o extrato, após o período de maceração.
  7. Envasar o extrato em recipiente de vidro escuro, com boca estreita e capacidade para 100mL.
  8. Rotular o recipiente com todas as informações, incluindo o prazo de validade por, no maximo,1 ano após a filtragem.
  9. Utilizar como difusor de ambiente.

Citronela faz mal

Segurança nunca e demais! Manter o difusor fora do alcance de crianças e de animais domésticos.

  • A ingestão do extrato do capim citronela causa intoxicação.
  • Conservar o difusor ao abrigo do calor e de fontes inflamáveis para evitar acidentes, devido ao elevado grau de etanol.
  • Proteger da luz e da umidade para manter as suas propriedades e evitar contaminação.

Como utilizar o difusor de ambiente

  1. Depositar no recipiente pelo menos 3 palitos de madeira de Pinus com cerca de 20 cm cada e aguardar por, aproximadamente, 15 minutos, até que ocorra a absorção.
  2. Inverter os palitos no interior do recipiente para a difusão do aroma no ambiente.
  3. Repetir o procedimento sempre que observar diminuição do aroma.

Melhor momento para utilização

O uso do difusor deve ser feito rotineiramente, preferencialmente a partir do final da tarde, tendo em vista que entre 17 e 18 horas se observa maior incidência do Aedes aegypti.

Referencias

  1. LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2a edição. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.
  2. LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil nativas e exóticas. 2a edição. Nova Odessa: Instituto Plantarum,2008 apud DE MENDONCA, F.A. et al. Activities of some Brazilian plants against larvae of mosquito Aedes aegypti. Fitoterapia76 (7-8), p.629-36, 2005.
  3. MATOS, F.J.A. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3a edição. Fortaleza: UFC, 2007.
  4. NERIO, L.S.; OLIVERO-VERBEL, J.; STASHENKO, E. Repellent activity of essential oils: A review. Bioresource Technology.V.101, p.372-78, 2010.
  5. PEREIRA, AMS. (Org.) et al. Manual prático de multiplicação e colheita de plantas medicinais. Ribeirão Preto. UNAERP, 2011.
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  7. SEIXAS, P.T.L. et al. Efeito da adubação mineral na produção de biomassa e no teor e composição do óleo essencial do capim-citronela. Biosci. J. 29(4), p. 852-58, 2013.
  8. TISGRATOP, R.;SANGUANPONG, U.; GRIECO, J.P.; NGOENKLUAN,R.; CHAREONVIRIYAPHAP, T. Plants traditionally used as mosquito repellents and the implication for their use in vector con trol. Acta Tropica. v.157, p.136-44, 2006.

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